terça-feira, agosto 10, 2004

O MARANHÃO NÃO É LIXEIRO

Você está feliz com a notícia de que indústrias, refinarias poderão ser implantadas no nosso Estado? Eu particularmente não estou... Leia o texto abaixo e tire suas próprias conclusões. Finalizando, acredito que a melhor forma de preservar é não agredindo. Temos condições suficientemente grandes de gerar riquezas a partir das nossas próprias potencialidades. Artezanato local, criação, agricultura, arte, cultura, turismo. Vamos impedir que isso aconteça. Políticos, por favor se manifestem!

Ecologia
Refinarias: um perigo ambiental


22.abril/2003 - Brasil- Adital/ Fórum Carajás- O Maranhão vai tentar demonstrar que é o mais pobre e que reúne melhores condições, como localização geográfica e a infra-estrutura de transporte, além de garantir todas as facilidades para a implantação de uma refinaria, da mesma forma como foi com a Alumar e os demais empreendimentos de grande porte instalados neste Estado. Já com investidores à vista (representantes da Índia estiveram sondando o Estado), com os quais já vem mantendo entendimentos, a refinaria no Maranhão atenderia ao mercado brasileiro e norte-americano.

O Governo Federal, diante de uma acirrada disputa entre Estados, resolveu, estrategicamente, evitar grandes choques entre os interessados, deixando para resolver, mais tarde, as decisões de implantação da refinaria. Porém, o governador José Reinaldo Tavares e a família Sarney devem continuar com seus esforços para que ela se instale por aqui, fazendo propaganda de pobreza e miséria e propondo a geração de milhares de empregos, um atrativo da conquista de apoio, inclusive, do contingente de desempregados.

Frei Beto, quando esteve no Maranhão, tratando sobre o Programa Fome Zero, apontou os assentamentos como um dos locais a serem contemplados de imediato pelo programa. O que significa dizer que os projetos de assentamento não foram exitosos ao longo da sua historia. O quadro de pobreza e miséria é evidente.

O que há por trás da vinda da refinaria ao Maranhão é um investimento de cerca de US$ 2 bilhões e o interesse de indústrias periféricas. Neste caso, grandes áreas serão desapropriadas, resultando na expulsão de milhares de famílias que desenvolvem atividades rurais, como ocorreu em Alcântara/MA. E mais gente sem trabalho.

A indústria do Petróleo, em toda sua cadeia de produção, envolve enormes riscos ambientais, dos derramamentos aos incêndios, seja em transporte por água, dutos, ferrovia ou rodovia, até a perda humana.

O secretário-geral do Sindipetro-RJ, em seu artigo apresentado no II Fórum Ambiental Pró-Rio, em 2001, Mozart Schmitt de Queiroz (ver www.sindipreto.org.br), levanta exemplos lamentáveis que envolvem a indústria do petróleo.

"Por serem grandes consumidoras de energia, as refinarias são grande consumidoras de petróleo e seus derivados, constituindo-se, portanto, em grandes agressoras da atmosfera. E, depois das refinarias, os produtos ainda têm que chegar aos distribuidores finais", cita um dos exemplos de agressão ambiental que estão no sítio acima.


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